

SILÊNCIO DE 40 ANOS
Desde 1.580 e até 1.640, Portugal e Espanha estiveram unificados por reis espanhóis. Como a Espanha vivia em guerra com outros países, a própria economia de Portugal foi arruinada por causa desta união. Um grande movimento português, liderado pelo duque de Bragança, restaurou a autonomia portuguesa em 1640. Duque de Bragança passa a se chamar D. João IV como novo rei de Portugal, começando um novo ciclo político português, a dinastia de Bragança.
Pelo lado missioneiro, a ação dos bandeirantes entre 1.636 e 1.641 na região do Tape, obrigou os jesuítas a reavaliarem seu projeto expansionista, obrigando-os a transmigrarem para a margem ocidental do Rio Uruguai, deixando nestes campos, principalmente a região circundada pelos rios Ibicuí, Quaraí, Jacuí e Negro, cerca de 15.000 cabeças de gado. Este gado passou a se reproduzir sem qualquer domesticação, tornando-se bravio e formando grandes manadas de gado “chimarrão”. Os missioneiros referiam-se ao território onde se encontrava este gado como sendo a VACARIA DO MAR.
No final do século XVII já havia mais de um milhão de reses selvagens na Banda Oriental do Uruguai, fato que irá determinar de forma irreversível a consolidação da identidade cultural riograndense.
A zona destinada á conversão e redução dos índios era um espaço determinado pelo vice-rei do Peru e/ou governador do Paraguai nos domínios das Índias Ocidentais. À medida que o processo de evangelização do índio foi se definindo e constituindo, os missionários foram concebendo os espaço de redução do índio como um espaço sagrado. Os padres buscaram na tradição judaico-cristã a explicação desse espaço, incorporando-o num conceito teológico.
A redução foi o lugar inicial onde o gentio foi reduzido à fé católica. Mas quando esse espaço consumou o ato de conversão, transformou-se num outro espaço, aquele onde o índio cristão foi evangelizado sistematicamente dentro da doutrina católica. Dessa forma, na ótica do jesuíta, a retomada da definição de TERRA DA PROMISSÃO é o melhor conceito que cabe às Missões. Esse conceito nasceu das sagradas escrituras e foi transplantado às Missões jesuíticas, dando-lhe um novo sentido, tornando-se um espaço de santificação, o que reporta à própria história da salvação.
Para o semita, a natureza estava intimamente ligada ao destino do homem. A relação do homem com Deus deveria refletir-se, necessariamente, na relação existente entre ele e a terra. Somente a benevolência divina nutria-lhe a vida, o sucesso ou insucesso da produção. A colheita dependia dessa relação.
Os missionários jesuítas do Paraguai dos séculos XVII e XVIII procuraram conduzir o processo histórico missioneiro à luz da história à da história da salvação. No processo de ocupação, os fatos foram adquirindo um sentido teológico, em eventos de profunda espiritualização do jesuíta e do índio. O sentido teológico da missão encaixou-se perfeitamente no propósito de vida guarani que era da busca da Yvy Marroy (a terra sem males), fazendo com que o índio aceitasse mais naturalmente a idéia da catequese e, por conseguinte, da sedentarização.
Pelo viés Português, a restauração da monarquia com D. João IV enfrentará o desafio de revitalizar a economia Portuguesa, combalida por anos de hegemonia espanhola na península Ibérica. Nesse sentido, a colônia passa a ser a grande fonte de riqueza e, por tanto, deve ser explorada ao máximo e em todas as suas possibilidades. O início do ciclo do ouro na colônia está situado neste contexto político e passa a exigir a ativação de uma economia secundária que lhe dê suporte, como transporte do outro e alimento para os escravos.
De outra banda, o promissor comércio de contrabando no Rio da Prata, de couro e sebos e da própria prata oriunda das minas de Potosi, também passa a fazer parte do interesse da coroa portuguesa, fazendo com que a região passasse a ser o destino das investidas de aventureiros em busca de riqueza. Esse conflito de propósitos irá se refletir de forma definitiva na formação da identidade cultural riograndense no século seguinte.
Desde 1.580 e até 1.640, Portugal e Espanha estiveram unificados por reis espanhóis. Como a Espanha vivia em guerra com outros países, a própria economia de Portugal foi arruinada por causa desta união. Um grande movimento português, liderado pelo duque de Bragança, restaurou a autonomia portuguesa em 1640. Duque de Bragança passa a se chamar D. João IV como novo rei de Portugal, começando um novo ciclo político português, a dinastia de Bragança.
Pelo lado missioneiro, a ação dos bandeirantes entre 1.636 e 1.641 na região do Tape, obrigou os jesuítas a reavaliarem seu projeto expansionista, obrigando-os a transmigrarem para a margem ocidental do Rio Uruguai, deixando nestes campos, principalmente a região circundada pelos rios Ibicuí, Quaraí, Jacuí e Negro, cerca de 15.000 cabeças de gado. Este gado passou a se reproduzir sem qualquer domesticação, tornando-se bravio e formando grandes manadas de gado “chimarrão”. Os missioneiros referiam-se ao território onde se encontrava este gado como sendo a VACARIA DO MAR.
No final do século XVII já havia mais de um milhão de reses selvagens na Banda Oriental do Uruguai, fato que irá determinar de forma irreversível a consolidação da identidade cultural riograndense.
A zona destinada á conversão e redução dos índios era um espaço determinado pelo vice-rei do Peru e/ou governador do Paraguai nos domínios das Índias Ocidentais. À medida que o processo de evangelização do índio foi se definindo e constituindo, os missionários foram concebendo os espaço de redução do índio como um espaço sagrado. Os padres buscaram na tradição judaico-cristã a explicação desse espaço, incorporando-o num conceito teológico.
A redução foi o lugar inicial onde o gentio foi reduzido à fé católica. Mas quando esse espaço consumou o ato de conversão, transformou-se num outro espaço, aquele onde o índio cristão foi evangelizado sistematicamente dentro da doutrina católica. Dessa forma, na ótica do jesuíta, a retomada da definição de TERRA DA PROMISSÃO é o melhor conceito que cabe às Missões. Esse conceito nasceu das sagradas escrituras e foi transplantado às Missões jesuíticas, dando-lhe um novo sentido, tornando-se um espaço de santificação, o que reporta à própria história da salvação.
Para o semita, a natureza estava intimamente ligada ao destino do homem. A relação do homem com Deus deveria refletir-se, necessariamente, na relação existente entre ele e a terra. Somente a benevolência divina nutria-lhe a vida, o sucesso ou insucesso da produção. A colheita dependia dessa relação.
Os missionários jesuítas do Paraguai dos séculos XVII e XVIII procuraram conduzir o processo histórico missioneiro à luz da história à da história da salvação. No processo de ocupação, os fatos foram adquirindo um sentido teológico, em eventos de profunda espiritualização do jesuíta e do índio. O sentido teológico da missão encaixou-se perfeitamente no propósito de vida guarani que era da busca da Yvy Marroy (a terra sem males), fazendo com que o índio aceitasse mais naturalmente a idéia da catequese e, por conseguinte, da sedentarização.
Pelo viés Português, a restauração da monarquia com D. João IV enfrentará o desafio de revitalizar a economia Portuguesa, combalida por anos de hegemonia espanhola na península Ibérica. Nesse sentido, a colônia passa a ser a grande fonte de riqueza e, por tanto, deve ser explorada ao máximo e em todas as suas possibilidades. O início do ciclo do ouro na colônia está situado neste contexto político e passa a exigir a ativação de uma economia secundária que lhe dê suporte, como transporte do outro e alimento para os escravos.
De outra banda, o promissor comércio de contrabando no Rio da Prata, de couro e sebos e da própria prata oriunda das minas de Potosi, também passa a fazer parte do interesse da coroa portuguesa, fazendo com que a região passasse a ser o destino das investidas de aventureiros em busca de riqueza. Esse conflito de propósitos irá se refletir de forma definitiva na formação da identidade cultural riograndense no século seguinte.